Cap 96 Guia de Sobrevivência do Extra da Academia.
Cap 96 Guia de Sobrevivência do Extra da Academia.
Eleição do Presidente do Conselho Estudantil (9)
Caminhando pelo caminho.
Por alguma razão, o formato da estrada difere de pessoa para pessoa. Talvez seja verdade que nada neste mundo é verdadeiramente justo.
Para alguns, o caminho é tranquilo e suave, lembrando uma trilha na floresta, perfeita para um passeio agradável.
O aroma dos narcisos em flor paira no ar e, ocasionalmente, trocamos cumprimentos com os transeuntes como esquilos ou veados, cantarolando junto com o chilrear dos pássaros... até que uma pedra saliente na beira da estrada prende o pé.
Então, sentindo um dedo do pé latejante, eles recontam sua história, como a vida deles também teve provações, foi difícil, mas eles superaram. Eles superaram, e por isso tiveram sucesso.
Então, o que acontece com o futuro de Clevius?
O caminho que ele percorre cheira a sangue e decomposição, repleto de matilhas de lobos vorazes. Não há flores à beira da estrada, apenas o fedor de esgoto. O sol havia sido obscurecido por nuvens escuras há muito tempo, deixando uma escuridão densa que se apegava à estrada estendida. Tropeçar em pedras tornou-se tão rotineiro que tirar os sapatos não revelava nada além de calos.
Correr todos os dias parece inútil; é evidente que, antes mesmo de chegar ao fim, alguém desmaiaria miseravelmente na estrada. Assim, o menino não corre.
Houve um tempo em que... ele realmente tentou correr com todas as suas forças. A maioria dessas tentativas agora é uma história marcada por fracassos.
"*Suspirar*…"
A primeira ação de Clevius, que estava obstruindo o caminho na chuva torrencial, foi se esfaquear no ombro.
– Ufa!
– Queira!
Sangue fresco escorre em cascata de seu corpo já ensanguentado. A dor é insuportável, mas depois de cerrar os dentes por um breve instante, Clevius se levanta cambaleando, com o brilho vermelho em seus olhos atravessando a franja encharcada de seu cabelo.
Elvira engoliu em seco diante daquela visão tão arrepiante. A "Técnica da Espada Sangrenta" — uma arte proibida da família Nortondale, nunca ensinada a ninguém. Clevius, nascido com o destino de um demônio da espada, nunca recebeu esse ensinamento de outros; ele despertou para ela sozinho.
A força drenada de seu corpo lhe dá a aparência de um cadáver vivo. O sangue que flui ao seu redor se inflama com poder mágico e gruda na lâmina.
Restou apenas o resultado de seus pés batendo no chão. Agora Clevius havia desaparecido, e apenas o piso de mármore estilhaçado revelava seu caminho devido ao forte impacto.
É preciso deixar de lado as regras morais que proíbem o assassinato. Se você não se aproximar com a intenção de matar, não conseguirá nem enfrentar o inimigo.
Clevius, que saltou como uma mola comprimida, já tinha sua espada apontada para a garganta de Lucy.
– Estrondo!
É claro que a espada não completou seu golpe.
A lâmina que tocou o pescoço de Lucy estava imóvel, como se tivesse atingido uma enorme parede de ferro.
Magia defensiva 'básica'.
Apesar do nome, o poder por trás da magia de Lucy a tornava tão sólida quanto uma colossal barreira de ferro.
Lucy casualmente balançou o braço, como se estivesse matando um inseto irritante, fazendo Clevius voar mais uma vez.
Ao bater em um canto do gazebo do jardim de rosas, ele imediatamente saltou do chão, sem nem dar tempo para o impacto se dissipar.
O olhar penetrante de Clevius captou com precisão a magia de Lucy. Seu estilo de combate consistia em subjugar os inimigos com sua força bruta, simples e claro. Se Clevius conseguisse compreender seu padrão, sua agilidade, que ultrapassava os limites humanos, lhe permitiria esquivar-se.
No entanto, os padrões mágicos de Lucy são muito diversos para serem totalmente compreendidos. Ela não os utiliza simplesmente porque são muito incômodos.
A herança de Ed, um arco gigante, flutua no ar. Gravado com diversas magias de nível intermediário e avançado, dezenas de flechas mágicas estão carregadas.
Clevius, sentindo o fluxo de magia naquela direção, torceu seu corpo com reflexos sobre-humanos... mas não conseguiu evitar ser atingido por dezenas de flechas gravadas com a magia de fogo intermediária 'Pilar de Fogo'.
– Kwaah!
– Uau!
Dezenas de pilares de fogo irrompem majestosamente, mesmo em meio ao tempo chuvoso, e rapidamente engolem Clevius.
“Tosse, hah..!”
Por sorte, ele rolou para longe antes que os feitiços fizessem efeito total e conseguiu escapar para os arredores do jardim de rosas. Clevius arrancou as flechas mágicas debilitantes de seu ombro e coxa esquerdos.
As flechas mágicas extraídas se dissiparam no ar, mas o dano permaneceu conclusivamente gravado. O corpo de Clevius ficou ainda mais encharcado com seu próprio sangue.
No entanto, a Técnica da Espada Sangrenta transforma até mesmo o sangue derramado em uma nova fonte de poder mágico, tornando a arte proibida ainda mais tabu.
À medida que as feridas se acumulam e o corpo fica coberto de sangue, o poder que envolve a lâmina e o corpo se expande tremendamente.
No entanto, mesmo com a Técnica da Espada Sangrenta em seu auge, ela nunca se compararia ao poder mágico avassalador de Lucy.
– Uau.
Lucy levanta sua mãozinha com a palma para cima. Ela parece tão frágil que poderia quebrar com um toque.
No entanto, serão quebrados os pescoços daqueles que baixarem a guarda diante dela.
Com um simples aperto de mão, uma onda de magia ao redor se une em um ponto.
– Bum!!
A magia de fogo intermediária "Explosão à Queima-Roupa" atinge Clevius em cheio, fazendo-o voar enquanto cospe sangue. Então, a magia de relâmpago de alto nível "Castigo Celestial" cai sobre ele.
– Bum! Racha!
É um raio em sua forma mais pura, só que imbuído do vasto poder da magia de Lucy.
Clevius, mal recuperando a consciência, assume uma postura defensiva, mas o ataque está muito além de qualquer defesa viável. Embora consiga desviar parcialmente o ataque, o dano cumulativo já havia excedido seus limites.
Para Lucy, executar tal magia contra um oponente é a maior honra que ela poderia conceder.
A maioria dos estudantes nem vale o esforço de Lucy Mayrill para otimizar sua eficiência mágica com magia elemental.
A maioria pereceria instantaneamente diante da magia de alto nível que ela empunha. No entanto, Lucy sentia lá no fundo: esta adversária não sucumbiria a tais ataques.
Clevius surge em meio à fumaça rodopiante, seu uniforme esfarrapado como trapos e seu corpo tão ferido que é difícil encontrar partes ilesas — mas ele não liga para isso.
Seus movimentos são rápidos demais para os olhos. Apenas os destroços levantados em seu rastro indicam seu paradeiro.
– Clang!!
Quando Lucy se vira e estende a mão, pensando tê-lo localizado, a espada de Clevius já está no fim de seu alcance.
Mas um gigantesco círculo mágico defensivo surge entre eles.
– Grito, grito!
A lâmina da espada trêmula.
O corpo de Clevius atingiu seu limite.
Pressionando a espada contra a barreira, Clevius range os dentes, empurrando com força. Com um som crocante de dentes rangendo, rachaduras começam a se formar na barreira.
Rosto esfarrapado visível através da defesa em riste, seu rosto está mais coberto de sangue do que de pele. O sangue, misturado com a chuva, escorre de suas têmporas e testa.
Apesar de seu corpo estar em ruínas, seus olhos ardem com um espírito destemido, tão vermelhos quanto o resto dele.
– Estrondo!
A magia defensiva de Lucy se desfaz. É uma visão difícil de acreditar, mesmo vista com os próprios olhos. A defesa construída às pressas de Lucy era capaz de resistir até mesmo a magias de alto nível.
– Bang! Crepitar!
Talvez como consequência, a lâmina na mão de Clevius também se parta ao meio. Mas a outra metade ainda está afiada.
- Foto!
Lançamento de feitiços incrivelmente rápido. Três 'Lanças de Gelo' de magia de gelo intermediária perfuram seu abdômen, mas Clevius o morde com força, recusando-se a mudar de posição.
A lâmina quebrada avança em direção à testa de Lucy.
– Estrondo!
Claro, não consegue penetrar na pele dela. Além do círculo defensivo, há uma "Magia de Defesa Básica" separada envolvendo o corpo de Lucy.
Além disso, a 'Bênção da Tempestade' é ativada periodicamente, tornando impossível a penetração solo.
"Sério, que diabos…!!! Aberração…!!"
– Zumbido!
Novamente repelido pela força da bênção, Clevius se levanta e agarra uma espada deixada por um estudante preso em uma "Prisão Temporal" próxima.
A arma empunhada é afiada. Embora sua lâmina habitual esteja quebrada, ele empunha a metade com uma empunhadura invertida na mão esquerda para defesa.
Ele avança de volta ao alcance com duas espadas e meia, sem diminuir o ritmo apesar do aumento de ferimentos.
O sangue jorra a cada movimento, o sangramento acelera, tornando o termo "encharcado de sangue" um eufemismo para sua condição. É surpreendente a quantidade de sangue que um corpo humano pode conter.
Todos aqueles que encaram Lucy compartilham uma imagem comum.
É como enfrentar o imponente Monte Tai com apenas uma espada. É assim que se sente diante de uma força tão intransponível?
No entanto, após ser atingido por várias outras balas mágicas e magia de vento intermediária, ele cai, apenas para se levantar novamente através da poeira espessa como um zumbi.
A morte em si era inexistente para ele; ele era a encarnação de um berserker obcecado por derramamento de sangue. Alguém poderia pensar que as probabilidades estavam tão contra ele que continuar a lutar seria inútil, mas a ignorância não foi o que o levou a se reerguer.
A lembrança do dia em que ele esfaqueou seu irmão voltou à sua mente.
Apesar da família Clevius ser desprezada como espectros e menosprezada pelo seu próprio clã, ele foi quem sempre reconheceu e apoiou Clevius até o fim.
Perdido em sua fúria, ele mutilou seu irmão e, quando recuperou os sentidos, sua espada já estava cravada no plexo solar do irmão.
Enquanto ele rangia os dentes para suportar a dor excruciante, as últimas palavras de seu irmão, ainda gravadas em sua memória, foram...
– “É um alívio que tenha sido eu que você matou e não outra pessoa.”
Quão absurdas pareciam aquelas palavras finais, derramadas entre as torrentes de sangue choroso.
– “Pelo menos eu posso te perdoar.”
– “Então não carregue tanta… culpa.”
O aclamado espadachim que, segundo rumores, anunciaria a segunda era de ouro da família Nortondale teve uma morte tão fútil, com aquelas palavras de despedida sendo tudo o que ele deixou para trás.
A chuva atinge o mundo imparcialmente.
O céu sombrio parecia o mesmo, não importava para onde se olhasse na Ilha Acken.
Como se a batalha no jardim de rosas não significasse nada, a visão sombria das gotas de chuva tremulando era a mesma em todos os lugares, até mesmo do lado de fora das grandes e opulentas janelas da residência real.
Claire tinha acabado de relatar a anomalia no Salão Ophelius à Princesa Phoenia, que estava olhando para a chuva pela janela.
Envolto em fumaça, Clevius gritou com fúria renovada e saltou para a frente. Ele reuniu a magia restante de sua arte com a espada de sangue para destruir o círculo defensivo de Lucy, embora isso parecesse ter pouca importância.
Os reflexos de Lucy também estavam fora do comum. Inclinando o chapéu ligeiramente para a frente, ela se esquivou levemente e cravou algumas lâminas de vento na carne de Clevius. Um novo fluxo de sangue dançou no ar.
A chuva caía com a mesma imparcialidade sobre os alojamentos dos professores, assustando ocasionalmente as pessoas com estrondos. Era realmente uma chuva torrencial.
A professora assistente Claire, sentada na sala de plantão, franziu a testa ao ouvir as notícias de Ophelius Hall.
O Professor Flurban estivera nos penhascos ao norte para uma investigação. Observando a chuva incessante, a Professora Assistente Claire se viu momentaneamente perdida em pensamentos. Os jatos da fonte no pátio da faculdade subiam como névoa.
Clevius caiu no chão encharcado antes de se levantar novamente. Cruzando as duas espadas, assumiu uma postura abaixada e lançou um ataque rápido demais para ser visto a olho nu.
Um estrondo estrondoso que parecia imenso demais para ser de uma espada irrompeu, lançando cacos de mármore para fora do centro onde Lucy estava — uma técnica de alto nível exclusiva da família Nortondale, quase como uma explosão. Naturalmente, Lucy permaneceu ilesa.
O ataque da chuva contra as janelas do Salão Ophelius era implacável. A torrente tentava arrombar as luxuosas molduras das janelas.
Tendo dominado Wade completamente, Zix escapou do corredor com Tanya. Os corredores de Ophelius estavam quase silenciosos, vazios.
Se ele conseguisse tirar Tanya do Salão Ophelius, poderia evitar que a situação piorasse ainda mais. Com esse pensamento, Zix rapidamente conduziu Tanya em direção à saída dos fundos.
Mas no final do corredor, onde a chuva batia nas janelas, estava uma garota, imóvel como uma estátua.
Ele a reconheceu como uma aluna do Ophelius Hall, que ainda estava lá apesar da situação.
Lortelle Keheln.
A jovem comerciante estava sozinha no final do corredor, sem ter procurado refúgio.
O ataque de Clevius estava longe de terminar. Com velocidade sobre-humana, ele disparou em meio aos escombros de cacos gigantes de mármore que cercavam Lucy. Aproveitando o momento, reuniu toda a magia de sua arte com a espada de sangue para um golpe decisivo.
Uma lança de gelo atingiu seu ombro enquanto ele investia, quase o derrotando. Rangendo os dentes, ele usou o que restava de sua espada quebrada para atingir o círculo mágico protetor de Lucy.
– Kagaang!
Com uma força além da imaginação, a barreira de Lucy se quebrou mais uma vez.
Mas o resultado superou as expectativas.
Foi intervenção divina, impressionado pelo seu ataque implacável à magia protetora de Lucy, sem um pingo de medo por sua vida?
-Kaang! Kagaang!
A espada em sua mão direita explodiu em fragmentos, e ele momentaneamente perfurou a magia defensiva de Lucy, por mais improvável que parecesse.
A capacidade de Lucy de sentir magia era fenomenal, e reconstruir seu sistema de defesa levou apenas um instante.
A duração… talvez um centésimo de segundo, ou até menos.
Mas mesmo um lapso momentâneo era tempo mais que suficiente para um demônio da espada cravar sua lâmina.
Ele não tinha mais armas adequadas, uma em pedaços, a outra meio quebrada. No entanto, contra um adversário que, apesar da genialidade, possuía a capacidade física de uma jovem, um golpe incompleto poderia ser fatal.
– Uau!
“…Guh… ahk!”
As pupilas de Lucy tremeram violentamente. O momento havia terminado.
Cambaleando para trás, ela agarrou o ombro.
Do deltoide direito até o centro do peito…
A fina linha de sangue fresco se alargou, encharcando suas roupas com o fluxo carmesim.
…Infelizmente, essa cena nunca aconteceu.
A diferença foi pequena, mas as defesas de Lucy prevaleceram.
*
– Paang!!
Sua última espada se estilhaçou. Clevius sucumbiu ao encantamento de uma bala mágica lançada por reflexo.
"Cuh… Hah… X-droga…! Que monstro…!"
Espancado e cravado no centro do jardim de rosas, Clevius tentou se levantar, com o sangue endurecendo seu corpo, lutando para ficar de pé.
Mas seu corpo já havia atingido seus limites há muito tempo. Suas pernas não lhe obedeciam mais.
Lucy… fez uma pausa, passando os olhos confusos pelo ombro dela por um momento.
A possibilidade angustiante do que poderia ter acontecido pairava diante dela como uma aparição.
Por um momento, ela realmente correu o risco de ser abatida.
A sensação perigosa do fio de uma lâmina não era algo com que Lucy, que vivera uma vida entre os mais fortes, pudesse se acostumar facilmente.
Recuperando a compostura, Lucy olhou para Clevius mais uma vez.
"Yeek... Caramba...! Droga... paang...!!!"
Clevius lutou para se levantar, mas apoiar-se em um braço foi tudo o que conseguiu.
Ilesa, Lucy se aproximou firmemente, reunindo magia em sua mão enquanto permanecia sobre o derrotado Clevius.
Clevius finalmente permitiu que seu corpo relaxasse.
Ele sabia como esse confronto terminaria. A riqueza e a glória que o compeliam a resistir a tais extremos estavam além até mesmo da sua compreensão.
Ele deixou tudo ir e fechou os olhos.
Ter sobrevivido de forma tão vergonhosa só para encontrar um fim como este. Que vergonhoso e tolo até o fim.
Com esse pensamento final, ele conseguiu liberar tudo…
– Uau! Baque!
O objeto que voou foi uma flecha.
A flecha, feita de magia, criou instantaneamente uma vasta piscina de água, da qual um espírito aquático de nível médio, a feroz 'Leoa Lacya', saltou, protegendo Clevius e Lucy.
Resmungando ferozmente, a aparição do espírito aquático de nível médio era intimidante.
Confusos com a situação, Clevius e Elvira, que mal haviam recuperado a consciência no canto, olharam na direção de onde a flecha veio.
Na entrada do jardim de rosas encharcado pela chuva, estava um homem segurando um arco semelhante ao que Lucy tinha — um grande manto puxado profundamente sobre sua cabeça, tão gasto e desfiado que as bordas estavam irregulares.
A visão, semelhante à de um fantasma ressuscitado dos mortos, não deixou outra escolha a não ser engolir em seco, apreensivo.
Obrigada por acompanhar o capítulo
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