Cap 99- Guia de Sobrevivência do Extra da Academia.
Cap 99- Guia de Sobrevivência do Extra da Academia.
Eleição do Presidente do Conselho Estudantil (12)
Girei a peça de xadrez em forma de cabeça de cavalo com a ponta do meu dedo indicador. Era um cavalo, simbolizando a cavalaria. Pressionando a parte superior da peça em pé, ela começou a se inclinar diagonalmente se empurrada com alguma força. Enquanto meus dedos continuavam inclinando a peça à beira da queda, ela finalmente caiu com um clique, rolando pelo tabuleiro. E assim, o cavalo caiu em batalha, um peão de sacrifício para uma troca estratégica.
A Princesa Phoenia, que estava sentada sozinha perto da janela manipulando as peças de xadrez, suspirou suavemente. Com um movimento rápido, ela juntou seus cabelos loiro-platinados e os prendeu, apenas para deixá-los cair em cascata novamente enquanto soltava um suspiro profundo e exagerado. Ela estava melancólica.
A notícia trazida a ela pela Capitã Claire, da Guarda Real, foi a causa — um relatório sobre a morte de Ed Rothtaylor. Embora os detalhes completos ainda não estivessem claros, investigações preliminares da academia sugeriram que sua morte foi provavelmente um assassinato orquestrado pela própria influência da família Rothtaylor.
“Como as coisas acabaram assim…?”
Ed Rothtaylor e ela... talvez o termo "uma relação de amor e ódio" seja a melhor descrição. No entanto, mesmo isso não era totalmente preciso. Para ser mais preciso, era a Princesa Phoenia quem tinha uma dívida emocional com Ed Rothtaylor.
Ao saber da morte dele, ela não conseguiu evitar repassar mentalmente os encontros passados. O primeiro encontro não fora auspicioso e, na maioria das vezes, eles se desentendiam. Se ela pudesse perguntar ao falecido Ed Rothtaylor o que ele achava dela, ele provavelmente os descreveria como desconfortavelmente incompatíveis — sendo ela um espinho em seu pé, em grande medida.
No entanto, a Princesa Phoenia não era uma pessoa comum — ela era a sublime Terceira Princesa do Império Clorel. Comparar seu status ao de Ed Rothtaylor, que foi reduzido a um plebeu após sua expulsão, seria um eufemismo, como comparar os céus à terra.
Parecia peculiar que ela estivesse tomada pela dor com a notícia da morte de Ed Rothtaylor — qual era, afinal, o relacionamento deles para causar tamanho desânimo? No entanto, para a Princesa Phoenia, que sempre teve dúvidas sobre a família Rothtaylor... a fuga de Ed daquela cerca teve seu significado. Ele certamente não era alguém que merecesse uma morte tão fútil.
Determinada a resolver os problemas do relacionamento deles, ela cancelou a maioria dos seus compromissos pendentes, até mesmo marcando outros às pressas, com a intenção de encontrar tempo para uma conversa adequada com ele.
Mas agora, a reunião agendada era amanhã, e a família Rothtaylor não esperou pela Princesa Phoenia.
-Rachadura.
De repente, ela ouviu o som de dentes rangendo, e percebeu, com espanto, que eram os seus. Sentada imóvel perto da janela, sem fazer nada além de brincar com o tabuleiro de xadrez, ela não parecia melhor do que um cão de caça derrotado. De que valem todos os elogios e o amor de seu povo se ela continuamente falha em agir de acordo com suas próprias convicções?
Cada vez que a Princesa Phoenia tentava exercer seus deveres reais, nada parecia sair como ela pretendia. O amor que ela recebia do público não se devia ao fato de exercer poder ativamente ou fazer lobby por influência, mas simplesmente porque ela não o fazia. Ao contrário de suas irmãs, que disputavam o trono e defendiam suas convicções apesar da opinião pública, Phoenia não tinha a motivação para afirmar sua própria autoridade.
Decisões políticas costumam ser facas de dois gumes. Ganhar algo invariavelmente significa perder outra coisa e, na maioria das vezes, tais decisões exigiam sacrifícios. Ela imaginou a figura de Ed Rothtaylor sobreposta ao cavalo caído no tabuleiro de xadrez.
Embora o encontro inicial não tenha sido nada promissor, Ed Rothtaylor aos poucos provou seu valor. Se estivesse vivo, poderia ter sido um indivíduo notável, não apenas um peão da influência de sua família.
Mas sua morte parecia ainda mais sem sentido agora.
A Princesa Phoenia teve oportunidades de ouvi-lo, de consertar o abismo entre eles, de engolir o orgulho e aprofundar a conexão. Uma agenda lotada, um orgulho mesquinho e uma confiança constantemente abalada a impediram de persegui-las.
Percebendo isso tarde demais, ela se livrou freneticamente de suas tarefas pendentes em preparação para o encontro. Mesmo assim, a crueldade do destino foi mais rápida. Foi um fracasso indesculpável, e ela jamais conseguiria se livrar do fardo da culpa.
“…”
Virando-se para sua mesa, ela viu uma série de documentos, todos reunidos em sua ambição de se tornar presidente do conselho estudantil da Academia Sylvania. Era um poder insignificante comparado ao da Família Real Clorel, insignificante como uma unha, mas dentro dos muros de Sylvania, teria sido sua própria esfera de influência, independente do apoio real.
Essa era a aspiração inicial da Princesa Phoenia: não terminar como uma mera Terceira Princesa, dependente do favor real, mas conquistar sua própria posição como presidente do conselho estudantil da Academia Sylvania.
“Eu… não deveria tentar manter o poder…”
Ela murmurou essa percepção suavemente, enquanto seus olhos perdiam o ânimo.
– Toc, toc.
Houve uma batida na porta.
Ela concedeu permissão para entrar, e a porta se abriu lentamente com um rangido, revelando a Capitã Claire, acompanhada por Tanya Rothtaylor, encharcada e enlameada, ofegante.
*
O cenário era o salão central da Mansão Ophelius.
A chuva quase havia parado, e as estrelas podiam ser vislumbradas entre as nuvens. A situação havia se acalmado um pouco. Os indivíduos congelados pelo feitiço de aprisionamento temporal de Lucy haviam sido deixados como estavam, pois aqueles que sabiam da sobrevivência de Ed precisavam de tempo para coordenar suas histórias.
A Mansão Ophelius, evacuada, estava agora silenciosa. Embora alguns alunos pudessem ter permanecido, nenhum estava visível. Até mesmo as empregadas mais novas que haviam auxiliado na evacuação pareciam ter ido embora completamente.
O desenvolvimento foi rápido. Apesar da falta de tempo para uma resposta adequada, a equipe de elite conseguiu evacuar os alunos em 15 minutos, provavelmente relatando o incidente à ala dos professores.
“Bom… todos estão aqui…”
Os alojamentos não ficavam tão perto da ala dos professores quanto se poderia esperar. Se estivessem recebendo os relatos do incidente naquele momento, levariam pelo menos dez minutos para chegar, mesmo que se apressassem.
Com o tempo escasso, era crucial transportar o essencial rapidamente, mas o estado dos reunidos estava longe do normal.
Primeiro, Clevius estava inconsciente, apoiado contra uma coluna com a ajuda de Elvira. Elvira sentou-se ao lado de Clevius, observando em silêncio, visivelmente exausta e curiosa sobre as circunstâncias.
Enquanto isso, Zix se desculpava com Yenika num canto, com uma atitude incomum enquanto se curvava profusamente. As bochechas de Yenika estavam vermelhas de raiva, pois Zix parecia ter dito algo inapropriado.
Quanto a Lortelle, elas estavam em outro canto, com as mãos cobrindo o rosto, como se estivessem presas em seu próprio drama.
"O que você está fazendo, Lortelle?"
“…”
Depois de ajeitar o casaco e se recompor, Lortelle deu um largo sorriso para Ed.
“Eu sabia que você ficaria bem, Sênior Ed.”
"É. Desculpe por ter te preocupado daquele jeito."
"Não precisa. Preocupação, quero dizer. Se você pensar bem, é óbvio que o Sênior Ed não morreria tão facilmente. Lembra que você me ensinou aquele padrão de dispositivo mágico... a Ampulheta de Delheim que ajuda a preservar a vida estava entre eles."
Lortelle acrescentou com um sorriso,
Um comerciante deve sempre manter a compostura e a razão. Apesar das notícias chocantes, é essencial não perder a calma. Certo, Zix?
“…”
Zix, ainda suando muito ao lado de Yenika, não respondeu a princípio.
“Certo, Zix?”
“Uh… hum…”
“Certo, Zix?”
“Sim… Lortelle sempre foi imperturbável…”
Percebendo a pressão silenciosa, Zix esfregou o rosto enquanto falava.
“É difícil dizer... esse estilo de barganha de um comerciante, se é genuíno ou não...”
Ignorando o olhar confuso de Zix, Lortelle continuou calmamente,
"Você acha mesmo que eu teria considerado que uma coisa dessas poderia matar o veterano Ed? Existe preocupação desnecessária. No entanto..."
Lortelle se levantou, encurtando a distância, e então puxou bruscamente a gola de Ed, examinando atentamente seu rosto.
“O julgamento racional nem sempre ocorre como planejado.”
Com isso, Lortelle abaixou a cabeça com um largo sorriso.
“Ver você assim pessoalmente me dá alívio… Acho que eu estava preocupado, afinal.”
O peso de antigas preocupações pareceu se dissolver no peito. Lortelle soltou profundos suspiros de alívio.
"Acontece que você me deixou preocupado, Sênior Ed. E como não existe almoço grátis, parece justo que você me compense por essa ansiedade."
"O que?"
Assim que Lortelle estava prestes a abraçá-lo no momento seguinte, Ed rapidamente...
No momento em que levantei a cabeça, vi uma garota que se espremeu no meio da multidão e entrou.
Ver Lortelle genuinamente surpresa era algo raro. Ela estava sempre serena, e a maior parte da sua surpresa não passava de fachada.
Mas desta vez, era real. Ela estava inconfundivelmente perturbada, mesmo que apenas momentaneamente.
Lucy empurrou Lortelle com um ruído e estendeu os braços para frente, assumindo uma postura defensiva.
Com o rosto cheio de descontentamento, ela pareceu gritar: "Não se aproxime!" — Lortelle ficou momentaneamente perplexa.
Afinal, Lucy Mayrill é o tipo de pessoa que sempre parece meio adormecida, indiferente às ações dos outros enquanto boceja casualmente.
Mas lá estava ela, tentando desesperadamente manter Ed afastado, e uma sensação de inquietação começou a despertar nas profundezas do coração de Lortelle.
Lucy, estufando as bochechas enquanto agitava os braços, era claramente uma garota agindo por ciúmes, seu corpo reagindo antes de sua mente.
Ela encarou Lortelle com uma intensidade como se estivesse prestes a devorá-la. Mas quando seu traseiro inadvertidamente roçou no corpo de Ed, ela se sobressaltou com o contato inesperado como se tivesse levado um choque elétrico, recuando rapidamente.
Ela era a garota que se agarrava a Ed sempre que podia, mastigando carne seca ou, às vezes, até dormindo em sua barriga de puro tédio. Agora, corando com aquele contato superficial, suas ações pareciam estranhamente contrárias ao seu comportamento habitual.
“…”
Não apenas Lortelle, mas também Yenika, que recebia constantemente pedidos de desculpas de Zix, sentiram a estranheza da situação.
Lucy Mayrill normalmente não chamava muita atenção de Yenika e Lortelle por causa de seu comportamento distante e etéreo — quase como se ela existisse em um plano superior, emitindo uma vibração sobrenatural.
Embora possuísse uma magia avassaladora que despertava a admiração de todos, a própria Lucy não demonstrava nenhum orgulho ou determinação em suas ações, parecendo mais uma personagem secundária do que uma pessoa.
Será que uma garota assim poderia realmente desenvolver afeição por alguém, nutrir sentimentos de amor e se tornar insegura? Parecia tão distante da realidade que tanto Yenika quanto Lortelle inconscientemente deixaram de lado qualquer ideia semelhante sobre Lucy.
Entretanto, Lortelle, sempre cautelosa e considerando até as menores possibilidades, estava consciente desse potencial — embora não esperasse que ele se manifestasse tão abruptamente na realidade.
“Lu… Lucy… você…”
Antes que Yenika pudesse dizer qualquer coisa, Ed colocou a mão despreocupadamente sobre a cabeça de Lucy.
Então, como se fosse a coisa mais natural, ele a puxou para o seu lado, pressionando-a suavemente contra seu ombro para acalmá-la.
Para Ed, esse nível de contato não era nada extraordinário.
Acostumado ao comportamento pegajoso de Lucy, ele não considerou um leve puxão no ombro ou um abraço apertado como algo particularmente digno de nota.
No entanto, para Lucy, naquele momento, o toque de Ed foi uma catástrofe. Infelizmente, ela havia acabado de cruzar um ponto crucial em sua percepção de Ed Rothtaylor.
Sua percepção de Ed havia sido completamente reconstruída, levando-a a considerar as complexidades da dinâmica entre homens e mulheres.
Mas essa era uma situação estritamente pessoal de Lucy.
Para Ed, tratar Lucy de forma tão casual era perfeitamente natural.
“—!”
Incapaz de dizer uma palavra, o rosto de Lucy ficou vermelho como se ela estivesse prestes a explodir, arrependendo-se de ter se tornado tão repentinamente consciente de gestos tão íntimos.
No entanto, a reação de cada um deve inevitavelmente mudar de acordo com sua perspectiva e posição — essa é a natureza humana.
"Por que você está assim, Lucy? Lortelle está genuinamente preocupada, não precisa ficar tão desconfiada. Eu entendo que você esteja tensa porque suas emoções acabaram de se acalmar, mas..."
Enquanto Ed falava, sem se importar com a turbulência interior de Lucy e apenas a alertando para não ser muito cautelosa perto de Lortelle...
Lucy não prestou atenção às suas palavras. Ela simplesmente ficou sentada, puxando o chapéu de bruxa sobre os olhos, recuperando a compostura.
– Baque.
Foi Yenika quem puxou Lucy para longe, distanciando-a de Ed.
“Você está muito perto…!”
Certamente, tal reação era absurda.
Yenika visitava o acampamento de Ed com frequência e vira Lucy e Ed aconchegados inúmeras vezes. No entanto, nunca sentira qualquer senso de urgência devido à atitude indiferente de Lucy — até agora, quando Lucy Mayrill parecia inconfundivelmente peculiar.
Assim, guiada por sua intuição de menina, ela agiu.
Abraçada nos braços de Yenika, Lucy finalmente voltou a si.
Com um grito agudo, ela escapou do abraço de Yenika e os confrontou assertivamente. O olhar de Lortelle sobre ela tornou-se frio.
…
O silêncio envolveu o espaço entre Yenika, Lortelle e Lucy no hall de entrada da mansão.
"Isso é…!"
Zix, que os observava de braços cruzados, engoliu em seco. A cena diante dele era ainda mais cativante do que as lutas de gladiadores que costumavam assistir juntos na mansão Islan. E não era de um lugar distante, mas sim da primeira fila. No momento em que Zix estava prestes a se acomodar em seu lugar de espectador com um "Hooh"...
“Hum~.”
Elvira, que estava sentada calmamente ao lado do desmaiado Clevius, quebrou o silêncio.
“Não estamos ficando sem tempo?”
…
De fato, o grupo não tinha tempo a perder.
Apesar de Ed ter sobrevivido, eles ainda não podiam anunciar esse fato. Explicaram brevemente a urgência da situação:
Eles tiveram que se desculpar com Clevius e Elvira,
encontre a fugitiva Tanya,
preparar seus depoimentos para interrogatório pelos responsáveis da academia,
e quando tudo estava resolvido, Ed teve que sair imediatamente.
Zix deu um tapa no joelho em decepção, mas sabia que Elvira estava certa.
"Isso mesmo. Vamos começar a conversa rapidamente, veteranos."
*
“Ah!”
Clevius abriu os olhos e se viu na beira da entrada da Mansão Ophelius.
Seu corpo ainda doía da surra que recebera de Lucy. Parecia que ele já estava meio curado — menos por um tratamento médico e mais por uma intervenção mágica direta.
Ele se levantou, observou o ambiente e percebeu que Elvira estava sentada em silêncio atrás dele.
"O quê…! O que aconteceu…!"
Ele sentiu que os ferimentos em seu corpo estavam menos graves e que haviam sido tratados. Não com remédios ou suprimentos de primeiros socorros, mas com cura mágica direta.
Tateando o ombro, ele percebeu que alguns dos longos cachos alaranjados de Elvira estavam grudados nele.
A situação sugeria que ele havia passado um bom tempo deitado com a cabeça no colo de Elvira.
"Por que você está fazendo tanto barulho, seu Clevius bobo?"
"O que está acontecendo? Eu estou... morto? Bem, com essa bagunça que eu fiz, não seria surpresa se eu morresse estupidamente...!"
"Pare de fazer tanto barulho. Senta aí. Eu já ouvi tudo, então vou te contar a história."
A chuva havia parado completamente. Sob o céu noturno, uma lua grande e redonda dominava os céus.
As nuvens haviam passado, deixando o céu vazio e limpo, com estrelas espalhadas como sal. Iluminados pela luz delas, Clevius e Elvira sentaram-se em silêncio sob a árvore do jardim, olhando para cima.
“Você vai ter que testemunhar que você impediu Lucy.”
"O quê? Eu? Como eu poderia ter parado aquele monstro!"
"Parem de reclamar. Todos concordaram em continuar com essa história, e eu explico tudo depois..."
Elvira agarrou firmemente os cabelos de Clevius, provocando uma contorção dolorosa nele enquanto ela o puxava de volta para seu colo.
“Apenas descanse por enquanto.”
"Mas o que você está fazendo…! Ah…"
Reclamando que a situação não era confortável, Clevius tentou se levantar, apesar dos ferimentos. Elvira, porém, empurrou seu nariz para baixo com firmeza.
Foi inesperado quando Lucy curvou a cabeça sinceramente em um pedido de desculpas por destruir o aparato mágico e espancar Clevius. Foi ela quem lhe deu o tratamento de emergência.
Além disso, ela de alguma forma conseguiu uma nota promissória da Elte Trading Company para compensação e confidencialidade, alegando que eles estavam com pouco dinheiro agora, mas que generosamente compensariam mais tarde — Lortelle até se apresentou como fiadora desse acordo, o que surpreendeu Elvira.
Quanto às circunstâncias pessoais de Ed Rothtaylor, que foi caçado por sua família, não era incompreensível para ela.
Elvira pensou em explicar todos os detalhes intrincados, mas decidiu que garantir que Clevius estivesse confortável era a preocupação mais imediata.
Depois de algumas lutas, Clevius desistiu das mãos insistentes de Elvira e ficou imóvel.
No silêncio que se seguiu, Clevius pressionou firmemente as mãos contra os olhos.
“De repente me ocorre… recomeçar me faz pensar que tudo isso não tem sentido…”
Sob o céu agora limpo, ele olhou para cima do colo de Elvira, mordendo os dentes enquanto falava.
“A vida é mesmo… uma merda.”
Clevius sabia disso muito bem, por experiência própria.
Reclamar diante de Elvira só resultaria em ser repreendida — como sempre — para parar de choramingar.
Entretanto, Elvira apenas sorriu e continuou a olhar para o céu noturno com ele.
A vida de Elvira também não tinha sido fácil. Como a problemática garota Anis, constantemente incomodada pelas irmãs, uma desistente da Sociedade de Alquimia e agora chefe do Departamento de Alquimia de Sylvania.
Ela pensou em contar seus problemas, mas decidiu que isso pareceria mesquinho.
Então, ela apenas disse calmamente:
“Você está certo, Clevius.”
Antes que os oficiais da academia chegassem, os dois ficaram olhando para as estrelas por algum tempo.
As nuvens que antes pairavam no céu não estavam mais à vista, deixando apenas um céu limpo que preenchia a visão.
O vasto mar estrelado estava distante, mas o brilho de sua luz era claro e certo para seus olhos.
Obrigada por acompanhar o capítulo
seja um gentil nos comentários e deixe sua opinião
Não se esqueça de se inscrever O canal PanelaNerd na plataforma que você mais gosta.
Comentários
Postar um comentário