Capitulo 152 - Guia de Sobrevivência do Extra da Academia.
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Capitulo 152 - Guia de Sobrevivência do Extra da Academia.
Campanha de Subjugação de Crebin (3)
Uma flor floresceu na família Rothtaylor.
Os nobres influentes que observaram a infância de Lady Arwen Rothtaylor proclamaram isso unanimemente.
As conquistas de Crebin Rothtaylor elevaram a família a um dos cargos mais poderosos do continente e foram de fato surpreendentes. No entanto, até ele agora enfrentava um problema que todos aqueles que alcançam o auge eventualmente enfrentam.
Era bom ter um status tão elevado dentro das fileiras da alta nobreza, mas a questão era quanto tempo tal glória duraria.
A questão, em última análise, resumiu-se à questão de saber se ele conseguiria garantir um sucessor digno.
Arwen era bela, sábia e bondosa. Além disso, esforçava-se para agir de maneira condizente com o sobrenome Rothtaylor e seguia fielmente as intenções de seu pai, Crebin.
Para qualquer um, era evidente que ela possuía ampla capacidade para dar continuidade ao legado da família Rothtaylor. Após a ascensão de Arwen, as preocupações com uma sucessora pareciam ter se dissipado.
Sua existência como herdeira exemplar era invejada por inúmeras figuras poderosas, garantindo assim que o futuro da família Rothtaylor fosse percebido como um caminho direto e estável.
Arwen era uma luz sempre brilhante para seu irmão Ed Rothtaylor, três anos mais novo, e para a irmã mais nova, Tanya Rothtaylor, que tinha cinco anos de diferença.
Mesmo antes de sua primeira cerimônia de batismo, ela já havia acumulado amplo conhecimento em diversos campos — não apenas esgrima, magia e alquimia, mas também em sociologia, estudos imperiais, administração de domínios e ciência política.
No dia de seu batismo, ela recebeu de presente uma espada mágica, "Dawn's Edge", capaz de manipular o poder dos elementos, e durante sua cerimônia de maioridade, ela recebeu "Condenação", uma das oito espadas outrora empunhadas pelo lendário Santo da Espada Luden, concedida pelo Imperador Clorel.
O mundo parecia estar derramando suas bênçãos sobre ela.
Isto é, até Crebin Rothtaylor buscar o poder dos deuses sombrios.
- 'Irmã.'
Parecia que tinha sido ontem, mas já fazia tempo que não ficávamos mais aqui, transformando as memórias em contos de velhos tempos.
A cena se desenrolou em um grande terraço anexo ao quarto de Arwen Rothtaylor, um local ideal de onde as paisagens vibrantes do domínio podiam ser admiradas durante o dia e o lindo céu noturno à noite.
O luar iluminava suavemente a mesa do terraço.
Ao lado da cadeira onde Arwen estava sentada, havia apenas uma mesa de buquê com um livro de poemas de um famoso poeta da região de Fulan, um lanche simples e um tabuleiro de xadrez com algumas peças dispostas sobre ele.
Sentado cautelosamente ao lado de Arwen, olhando para o céu, seu precioso irmão mais novo, Ed Rothtaylor, aproximou-se dela com algo a dizer.
– Você sabe onde encontrei esse livro?
Ed jogou um livro na mesa e sentou-se em frente a ele, olhando também para o céu.
Arwen olhou de soslaio para a mesa.
Era um texto histórico sobre "Mebuler", o deus sombrio responsável pelo ódio e pela ira. O livro foi banido e designado como texto proibido pela casa real.
Além disso, o livro estava repleto de vestígios de pesquisas sobre a descendência e o poder do deus das trevas. Inúmeras hipóteses, sublinhadas pela caligrafia de um homem de meia-idade, eram evidentes em suas páginas.
– Você encontrou no escritório do pai?
– Não. Encontrei na sua estante secreta. Parece que estava originalmente no escritório do meu pai.
Arwen virou a cabeça na direção de Ed e contraiu os cantos dos olhos.
Atrás de Ed estava Tanya, parada em silêncio, como se estivesse escondida entre as dobras de suas roupas. Ela era jovem demais para compreender o mundo da política adulta, ainda amada como a caçula mais querida da família.
Entre os três irmãos, Ed era o único homem e relativamente teimoso, amadurecendo notavelmente rápido para a sua idade. No entanto, o adorável caçula ainda tinha alguns anos para sonhar.
– 'Por que Tanya…?'
– '…'
Embora a mente de Tanya ainda não estivesse sólida o suficiente para compreender toda a situação, ela ainda era parte envolvida.
O poder do deus das trevas exige um preço em sangue. Muitas vezes, esse preço é o sangue, o corpo e a mente do seu próprio parente.
Quanto mais nobre e robusto for o sacrifício, e quanto mais respeitável ele for, mais o deus sombrio saliva de ganância.
Portanto, Arwen Rothtaylor seria o primeiro alvo.
– 'Por que você não confrontou o pai?'
– 'Ed. Meu amado irmão.'
Arwen olhou para Ed com olhos distantes, mas complexos.
– 'Nem todo mundo busca a resposta correta na vida. E, às vezes, o que parece ser um caminho errado pode ter sua própria lógica ou até mesmo ser uma parte necessária para alcançar um objetivo maior.'
– 'Papai está indo pelo caminho errado agora. Você está sugerindo que devemos aceitar isso?'
– 'Há muitos casos em que o que parece errado inicialmente, após reflexão, acaba se revelando certo. Liderar um grupo, uma família ou trilhar o caminho de um monarca envolve lutar contra tais repreensões.'
A expressão de Arwen era distante. Era o rosto de alguém que já pressentia que ela não seria persuasiva.
– 'E confiar em alguém é manter essa fé, mesmo quando todas as opiniões e adversidades sugerem o contrário.'
- 'Irmã.'
– 'Se isso também fizer parte da busca por um caminho melhor, jamais perderei minha confiança. Mesmo que meu pai se desvie ou tome o caminho errado às vezes, ele sempre viveu sua vida caminhando na direção do progresso.'
Ed ficou sem palavras com as palavras dela.
Não retirar a confiança em Crebin.
Para Arwen, que viveu toda a sua vida como uma dama da família Rothtaylor, Crebin era uma dessas figuras.
É por isso que ela pode ser vista como a sucessora mais provável e a candidata perfeita para dar continuidade ao nome Rothtaylor.
– Não consigo compreender. Que sentido há nesse poder e autoridade obtidos através da venda até mesmo de nossos próprios parentes?
– 'Ed... não vou impor meus pontos de vista a você. Mas... por favor, não se coloque contra o papai.'
A residência Rothtaylor era um lugar onde tudo girava ao alcance de Crebin. Ninguém sabia o destino que os aguardava no momento em que se opusessem a ele.
A grande mansão que sempre abraçou Ed como um berço agora parecia um enorme caixão.
Se Arwen não pudesse ser usada para invocar o deus das trevas, Ed seria o próximo e, depois dele, Tanya seria o alvo?
Qual o sentido, então, de uma mansão tão luxuosa ou de tamanha autoridade? Melhor ser um mendigo vagando pelas favelas, implorando, pois pelo menos ainda podem ter esperança e sonhar com um futuro que talvez nunca vejam.
O rosto de Ed, curvado e com a cabeça baixa, estava fora de vista.
– 'Ah… Irmão…?'
Tanya, completamente alheia ao motivo pelo qual o clima havia ficado tão ruim, olhou para Ed e Arwen, lamentavelmente sem saber o que dizer.
– Posso te perguntar uma coisa, irmã?
– Pergunte à vontade.
– Até onde você estaria disposto a ir? Se lhe pedissem para oferecer ao menos um braço, você sorriria e o cortaria de bom grado?
O rosto de Arwen ficou distante diante da pergunta.
Ed sempre admirou Arwen mais do que qualquer outra pessoa. No entanto, não pôde deixar de questionar ao ver seu rosto etéreo, banhado pela luz das estrelas.
– 'Irmã. Por que fazer tanto esforço?'
Após sua pergunta, Ed sentiu um aperto sufocante na garganta.
– 'Porque é família.'
– '…'
– 'Eles me criaram com muito cuidado, transmitiram o esplendor desta grande família e me amaram como uma filha.'
Em particular, Ed e Arwen compartilhavam um vínculo único e se importavam profundamente um com o outro.
Entretanto, pela primeira vez desde seu nascimento, Ed sentiu uma sensação de desafio em relação à sua irmã aparentemente perfeita.
Quando parece que alguém está se desviando do caminho correto, seja um amigo ou familiar, é angustiante não poder intervir.
Qual o sentido de acreditar firmemente que a direção certa será finalmente encontrada? Envolver aqueles que esperam fielmente em nome do amor familiar, apresentando-o como algo belo, quão tolo isso pode ser?
Uma sombra de irritação surgiu na mente de Ed, aumentando a distância entre os irmãos.
Uma aura misteriosa envolveu Ed, que estava sentado com os braços cruzados e a cabeça baixa. Tanya, que foi a primeira a notar e reagir à estranha aura, disse:
– 'Ah… Irmão…'
– 'Entendo, Senhora Arwen.'
Ed levantou-se do assento e caminhou em direção à saída do terraço. Então, virou-se de repente.
Ele viu Arwen olhando tristemente para os joelhos, e Tanya, assustada e inconsciente, olhando para ele.
De repente, Ed falou com Tanya.
– 'Tânia.'
Os ombros de Tanya tremeram enquanto ela olhava para Ed. Sua presença era mais sombria e intimidadora do que o normal. Ed, cuja aura era sombria por causa das sombras do quarto e que cerrava os dentes para reprimir suas emoções, chamou Tanya.
– Não fique aí; venha aqui.
Entre Arwen, sentada recatadamente sob o luar no terraço, e Ed, observando silenciosamente da escuridão do quarto, Tanya estremeceu. Finalmente... ela foi até Arwen e a abraçou.
– Eu vou lá… mais tarde.
– '…'
– 'Ah, irmão... Estou com medo. Quero ficar com a minha irmã.'
Ed abaixou a cabeça. Disse uma palavra de reconhecimento e então se virou para sair do quarto de Arwen.
Ele caminhou pelo corredor, cerrando os dentes. Aos poucos, seus olhos se encheram de malícia e seus lábios se curvaram para dentro.
Seu rosto pálido, avançando pelo corredor, não era mais o do antigo Ed.
A jovem Tanya apenas tremeu, envolta nos braços de Arwen, ainda alheia a tudo.
– 'O irmão é assustador, irmã... Por que ele está assim...? Ele não estava assim quando estávamos brincando antes.'
– '…Muitas coisas estão prestes a mudar, Tanya.'
Arwen acariciou gentilmente o rosto de Tanya e falou em um tom melancólico.
– Prepare seu coração.
* * *
– Baque, baque!
O salão de banquetes, cheio de comoção, foi subitamente invadido por um grupo de soldados que chutaram as portas e as abriram.
O barulho de armaduras de metal encheu o grande salão de banquetes, um cenário inadequado para tamanho tumulto.
Liderando-os estava o ajudante próximo e vassalo leal de Crebin Rothtaylor, o "Cavaleiro Urso" Nox.
A figura imponente de Nox avançou, cortando as fileiras dos soldados particulares de Crebin, e se dirigiu aos convidados reunidos em voz alta.
“Atualmente, parece haver uma anomalia na mansão. Seria perigoso para os ilustres convidados agirem precipitadamente, então nos reuniremos aqui para escoltá-los. Por enquanto, por favor, evitem sair do salão.”
Os estrondos continuaram mesmo após a grande explosão inicial, inquietando os convidados. No entanto, os soldados reunidos tranquilizaram a nobreza nervosa.
“……”
Clarice também estava sentada, ansiosa, no centro do salão. Os sons contínuos de explosões não eram um bom presságio.
Temendo que o prédio desabasse, ela preferiu esperar do lado de fora, mas os soldados impediram firmemente que os VIPs saíssem.
"Por favor, chamem nossos Cavaleiros da Catedral. Tenho minha própria guarda pessoal. Eles devem estar esperando do lado de fora da mansão."
“Não conseguimos entrar em contato com eles.”
"O que você quer dizer...? Você tentou contatá-los, certo...? Eles não são do tipo que fica parado nessa situação..."
Clarice olhou para Nox, inclinando a cabeça em confusão. Sua presença imponente irradiava uma autoridade inabalável, como se ele não cedesse a ninguém.
Apesar do status de Clarice, vários convidados afirmaram sua importância e exigiram passagem, mas, em vez disso, os soldados começaram a empurrar suas lanças para a frente.
“O quê, o que é isso?!”
"Vocês perderam a cabeça?! Sabem quem somos nós para brandir armas contra nós?!"
"Você tem noção do que vai acontecer se isso vier a público?! O que há de errado com todo mundo?! Não quer se afastar?!"
Mesmo assim, a posição de Nox permaneceu inflexível.
"Como eu disse, isto é para a segurança de todos. Nenhum de vocês pode sair deste salão."
Em meio aos VIPs murmurando, Clarice observou silenciosamente o ambiente.
Embora não conseguisse reconhecer todos os nobres, ela conhecia a maioria. Contudo, certos rostos que deveriam estar presentes estavam ausentes.
Ela estava ciente da ausência de Ed e Crebin, mas até mesmo a Princesa Sella, que estava no terraço há pouco, não estava em lugar nenhum.
Clarice examinou a área, imersa em pensamentos.
Ela conseguiu passar à força pelos soldados, mas o potencial de disputa dificultava uma ação precipitada. Parecia que os outros convidados tinham pensamentos semelhantes.
Uma coisa estava clara: algo estava acontecendo naquela mansão.
* * *
Bum! Bang! Rugido!
O laboratório secreto de pesquisa sob a mansão.
Este deve ter sido o local onde Crebin Rothtaylor conduziu sua pesquisa sobre o advento do deus maligno Mebuler. Os vestígios eram visíveis, preenchendo cada canto e fresta.
Havia itens mais do que suficientes que poderiam servir como evidência de seus delitos — tantos que seria possível simplesmente pegar qualquer periódico de pesquisa e fugir.
Contudo, a situação não permitiu uma ação tão rápida.
Bum! Estrondo! Estrondo!
As explosões implacáveis continuaram.
Provavelmente era o som de Crebin tentando invadir a entrada guardada por Lucy. Apesar de todos os dispositivos mágicos e tecnomágicos, armas e mão de obra concebíveis, a entrada parecia inexpugnável.
Se Lucy Mayrill se propusesse a isso, aquela entrada jamais seria violada.
Para Lucy, a retaliação era uma questão delicada.
Sem evidências concretas que pudessem condenar Crebin Rothtaylor ao inferno, ela achou difícil tomar medidas agressivas. Defender um caminho versus um ataque direto tinha implicações drasticamente diferentes.
Então ela esperou meu sinal.
Como foi sua vida acadêmica em Sylvania? Tolerável, espero?
“Agora… não é hora de perguntar sobre isso.”
“Ha, só uma conversa casual para aliviar a tensão… Você deve estar bastante assustado, imagino.”
Arwen, com um olho aberto, estava em um estado terrível.
A extensão de seu envolvimento na pesquisa de Crebin era incalculável, dada a gravidade de sua condição.
Mesmo assim, ele continuou a conversa com indiferença.
Em meio a essa calamidade, Arwen não deixou de ter visão. Não foi algo que aconteceu da noite para o dia.
A pesquisa progrediu pouco a pouco ao longo de um longo período. Talvez a compostura de Arwen se devesse à sua adaptação gradual às mudanças em seu corpo.
Assistir aquilo era uma visão insuportável.
Olhei para a espada longa que havia perfurado o corpo de Arwen. Era a "Lâmina da Aurora", um presente recebido em sua primeira cerimônia de batismo.
Uma espada longa mágica capaz de conter vários encantamentos. Embora a magia elemental se fundisse melhor com ela, parecia que feitiços de cura projetados para sustentar a vida estavam gravados desta vez.
Ela estava ali, paralisada pela espada longa, simplesmente para se agarrar à vida?
Se o encantamento da espada estivesse realmente ativo, não haveria necessidade de pessoal de manutenção, e o suprimento de mana seria conveniente.
O mais assustador é que parecia que essa conclusão era uma escolha da própria Arwen.
“Depois que você saiu do terraço naquele dia, cada um seguiu seu caminho.”
“…”
“Não sei se o seu caminho foi o certo, mas certamente é aqui que o meu terminou.”
O sorriso de Arwen se formou lentamente. Para minha surpresa, ela não se arrependia de sua decisão.
"Não é nada agradável aos olhos, e você pode até ficar dolorido só de pensar nisso... Mas eu queria te ver mais uma vez, Ed."
Com isso, as peças se encaixaram.
O espadachim fracassado de Sylvania, Ato 1, capítulo 1.
Um vilão de terceira categoria que instigou uma briga com Taely e foi espancado até a expulsão e o esquecimento. Ed Rothtaylor.
O caminho que ele percorreu a partir da propriedade de Rothtaylor começou a ficar gravado em minha mente, estendendo-se lentamente.
Um homem loiro caminha. Ele carrega a glória de sua família e um destino pesado, um futuro potencialmente sacrificial.
Crebin era um adversário poderoso demais para ser enfrentado. Não havia escapatória.
Todas as noites, ele devia estar angustiado e refletindo sobre sua vida, sentado à sua mesa, com seu rosto sendo um retrato da luta que o levava à morte.
Ele tentou influenciar o pai e lutou, transformando-se passo a passo em um patife desorientado... A imagem foi fácil de juntar.
Arwen confirmou o equivocado Crebin. Afinal, ele era da família.
Ed negou o equivocado Crebin. Ele não queria morrer.
Tanya vagou sem rumo entre esses caminhos divergentes, sem entender, e acabou seguindo Arwen porque Ed parecia ter se desviado para ela.
Tanya não o procurou. Portanto, Ed Rothtaylor caminhou sozinho.
Buscando a liberdade dessa propriedade Rothtaylor, que parecia um caixão, ele lutou sozinho para encontrar um caminho.
Mesmo que isso significasse se tornar um mendigo maltrapilho nas ruas, o caminho predefinido para a morte era inaceitável.
Ele teve que se distanciar daquela propriedade. Assim, forçou-se a entrar no departamento de magia de Sylvania, sem nenhum talento para magia, e se estabeleceu no dormitório de Ophelius, longe das terras dos Rothtaylor.
Ele teve que apagar até mesmo o nome da família gravado nessa linhagem amaldiçoada.
Cerca de um ano após a matrícula de Ed em Sylvania, quando a propriedade Rothtaylor começou a se estabilizar sem ele, Taely, o espadachim, chamou sua atenção. Assim como a Princesa Phoenia, incapaz de tolerar injustiças.
A partir daí, os acontecimentos progrediram rapidamente.
"Não o reconhecerei mais como herdeiro Rothtaylor. Pelos insultos vulgares proferidos na presença de nossa nobre Princesa Phoenia, pela intervenção desordeira no sagrado exame de admissão da Academia Sylvania, por manchar o nome da família com ciúme e desonra. Tudo isso é imperdoável."
A primeira carta que li quando cheguei neste mundo.
Sentado sozinho em seu quarto no dormitório Ophelius, o homem loiro teria abaixado a cabeça depois de ler a carta.
Ele viveu toda a sua vida sob a glória de Rothtaylor.
Agora despojado de tudo, expulso do dormitório, ele era um homem desamparado, lançado unicamente neste mundo cruel.
Ele ficou aliviado, assustado ou preso em um vazio sem limites?
Ninguém sabe que expressão ele tinha no quarto escuro do dormitório de Ophelius.
O que pode ser inferido, porém, são alguns fatos.
Ele nunca se importou com as calúnias dos acadêmicos nem com a queda de sua reputação.
Para um nobre, a bagagem que Belle Mayar preparou para ele era escassa. Ou seja, apesar de viver uma vida de luxo, ele mal tinha pertences pessoais.
Não havia planos definidos para depois de sua expulsão.
Assim, abrindo a janela do dormitório de Ophelius e agarrando a carta do patriarca Crebin... O rosto que ele tinha enquanto contemplava a paisagem escura estava preenchido com mais vazio do que qualquer outro.
Assim foi a vida de Ed Rothtaylor.
Ele fugiu, mas não havia lugar para ele em Acken.
Não, nenhum lugar no mundo tinha espaço para ele.
A dura realidade o atingiu com força, e Ed Rothtaylor olhou para a academia com uma expressão vazia.
* * *
Ka-chak, bata!
Apesar de usar todos os tipos de magia elemental e os poderes do deus maligno, a entrada guardada por Lucy Mayrill se recusou a ceder.
O rosto de Lucy não demonstrou nenhuma reação. Ela parecia sonolenta, mastigando distraidamente a carne seca, enquanto encarava Crebin.
“Tudo bem, devo aceitar.”
Crebin abaixou a espada e lentamente reuniu o poder das marcas do deus maligno.
“As táticas habituais não vão te derrotar.”
Gradualmente, uma presença pesada surgiu.
Em meio aos sons perturbadores, a marca aumentou de tamanho. À medida que a marca consumia metade da parte superior do seu corpo, o chão começou a tremer.
Bum! Baque!
Gritos e gritos podiam ser ouvidos de servos e convidados por toda a mansão.
No entanto, Crebin permaneceu indiferente a eles enquanto acumulava seu poder, o que é realmente uma raridade.
Crebin era um velho lobo que não exporia uma fraqueza política a qualquer custo.
Mostrar tal exibição excessiva do poder do deus maligno na presença desses convidados significaria ruína política e social.
Mesmo assim, Crebin continuou a reunir poder, sem se deixar incomodar.
Ka-chak, bata!
Tentáculos surgiram do chão, mais de dez deles. Os apêndices se contorcendo começaram a dançar ameaçadoramente.
Sentindo a gravidade da situação, Lucy cuspiu sua carne seca e olhou feio para Crebin, com os olhos endurecendo.
Ela se conteve devido à influência política de Crebin e à posição da família, mas isso era diferente.
O deus maligno Mebuler.
Se ele se manifestasse completamente, até Lucy teria que tratá-lo como uma grave ameaça.
Teste seu conhecimento:
Qual destas situações abaixo realmente acontece com Ed Rothstaylor nos primeiros arcos da história?
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