Capitulo 182 Guia de Sobrevivência da Academia Extra

 Capitulo 182 Guia de Sobrevivência da Academia Extra




Guerra de Subjugação de Ed (5)

Enquanto Aila Triss corria pelo corredor do quarto andar do prédio da Companhia Comercial Elte, sua respiração já estava ofegante. Desde que escapara da masmorra subterrânea e subira correndo para o quarto andar, os olhos de Aila estavam arregalados de espanto. Ela não imaginara a escala daquela operação quando Ed a propôs pela primeira vez. Havia trabalhadores desmaiados aqui e ali por todo o prédio Elte, e os conhecidos de Ed guardavam cada andar. Zix se preparava no segundo andar com sua postura familiar de sempre, mas Aila não conseguiu reunir coragem nem para falar com Yenika, que estava sentada, estranhamente, na sala de espera VIP do terceiro andar.

Quando ela chegou ao quarto andar, algo parecia terrivelmente errado.

"Nossa, você chegou mais cedo do que eu esperava. É melhor se apressar. Parece que vai chover logo", comentou uma voz.

No final do corredor do quarto andar, como planejado, Aila foi recebida por Trissiana Bloomriver, a melhor aluna do quarto ano do Departamento de Magia.

“Ah, olá, Trissiana sênior.”

"Já te vi algumas vezes em conferências acadêmicas. É um prazer te ver."

“Sim... Ouvi dizer que o veterano Ed convidou várias pessoas, mas não fazia ideia de que isso incluiria você, veterana Trissiana.”

Aila sabia que Ed Rothtaylor tinha bons contatos em diversas áreas. No entanto, ainda foi uma surpresa que Trissiana, uma estrela até mesmo na Academia Sylvania, tivesse aparecido nesse contexto.

"Só suba até o telhado e passe pela saída de emergência para o acampamento do Ed. Não se preocupe; eu cuido do resto."

“Alça… o que você quer dizer?”

Aila perguntou cautelosamente, embora Trissiana apenas tenha dado de ombros.

"Estou apenas seguindo ordens. Estou aqui para guiar você até o acampamento do Ed e bloquear a Taely."

Recordando os rostos que viu enquanto subia ao quarto andar, Aila pensou em Taely McLore. Nos últimos anos, sua força havia crescido a um ritmo inacreditável. Ele fazia jus ao seu título de "Descendente do Santo da Espada", ficando mais forte a cada dia — tão rapidamente que até Aila, sua amiga de infância, achou isso alarmante.

Mas será que ele realmente conseguiria romper todas essas paredes?

“Sua expressão não é boa, Aila.”

De repente, Trissiana interrompeu bruscamente.

"O tipo de problema com que você está preocupado não vai acontecer. Se você pensar bem, todo esse caos também é para ele."

“Como você pode ter tanta certeza…?”

Aila perguntou, olhando confusa para Trissiana.

Trissiana e Ed não eram particularmente próximos. Era comum que mágicos renomados mantivessem uma relação cordial entre veteranos e calouros, mas Trissiana parecia ter uma profunda compreensão de Ed, o que era estranho.

Na verdade, vir correndo no meio da noite porque Ed pediu já parecia estranho por si só. Apesar das dívidas pessoais, não era fácil atender a um pedido tão problemático, mesmo entre veteranos e novatos.

“Não pense muito, vá para o acampamento do Ed agora, Aila.”

Sem entrar em detalhes, Trissiana simplesmente falou num tom prático.

*Taely agarrou sua espada e a balançou no ar para sacudir o sangue.

A lâmina, brilhando sob o luar, parecia refletir sua determinação renovada.

Clevius foi quase dominado por um frenesi de sede de sangue. Haveria algum inimigo que ele não pudesse derrotar no seu nível?

Taely teve um palpite. Um erro de verdade pode significar a morte.

"Não posso garantir que vou me conter daqui em diante, meu amigo."

A voz de Clevius, perdendo gradualmente a sanidade, carregava uma pressão avassaladora.

A razão pela qual Clevius Norton sempre evitou brigas foi para evitar matar pessoas.

Sua habilidade com a espada, quando perdida na loucura, tiraria vidas com muita facilidade.

“Lutar para mim sempre foi... um ato de equilíbrio, arriscar a minha vida a cada momento. É a mesma coisa até agora.”

“Eu também não tenho intenção de recuar, Clevius.”

"Claro."

Clevius agarrou sua espada com mais força e virou seus olhos manchados de sangue para Taely.

Ugh, huh… bufa…

Clevius curvou-se como uma marionete quebrada, emitindo ruídos estranhos. A magia do sangue envolveu seu corpo novamente.

Todas as batalhas eram uma questão de vida ou morte. A gravidade desse fato era imensurável.

Ao enfrentar um oponente que arrisca a própria vida, você também deve arriscar a sua. Enfrentar um inimigo desesperado com pouca determinação levará a uma derrota rápida.

Taely cerrou os dentes.

A luta não podia se arrastar. Quanto mais a batalha durasse, mais forte Clevius ficaria ao absorver mais sangue.

Teria que terminar em um golpe só. Quem caísse, ele ou o oponente, o resultado tinha que ser decidido agora.

E assim, ambos os homens se lançaram para frente.

Clevius desapareceu.

Seu salto foi tão rápido que ele pareceu desaparecer, criando a ilusão de invisibilidade.

Era preciso prever seu próximo movimento com base no fluxo de ar e em sua última ação visível.

Em vez de previsão, era quase antecipação. Concentrando a mente em todos os sentidos, a percepção aguçada do rabo fluía através de sua pele.

― Clang!!

Taely bloqueou milagrosamente o golpe de espada de Clevius vindo da direita. O choque de lâminas ressoou uma vez pelo pátio da companhia comercial.

― Rugido!

A magia liberada pela colisão se espalhou, atirando destroços e pertences dos trabalhadores para o ar.

O hálito rosnado de uma fera selvagem emanou de Clevius.

De perto, encarando um ghoul enlouquecido por sangue, e esperando que este fosse o confronto final, o seguidor agarrou sua espada cruzada com força.

“Não se intrometa sem conhecer a situação…!”

― Clang!

Após desviar do golpe, o caçador da cauda mordeu com força e avançou. Sua lâmina de varredura errou Clevius.

"Intrometer-se?"

A voz de Clevius ficou mais rouca, e Taely sentiu-a perto do ouvido. Ele já estava atrás dele.

Calafrios percorreram a espinha de Taely enquanto ele rapidamente virava sua espada para bloquear o ataque de Clevius, mas ele não conseguiu evitar que a ponta da espada perfurasse perto de sua clavícula.

"Tosse!"

O ferimento não era profundo. Ele conseguiu bloqueá-lo de alguma forma.

Entretanto, o sangue continuou fluindo do corte superficial.

“Obviamente, rabo, você está agindo assim de forma desesperada por causa da Aila da academia.”

Clevius também passou tempo suficiente na academia ao lado de Taely para conhecê-lo razoavelmente bem.

“Onde mais você causaria tanta comoção se não fosse por ela…?”

“Você… você sabia e ainda assim…”

“Eu sabia o quê?”

Entretanto, o fato de Taely ter brandido sua espada contra Elvira permaneceu inalterado.

“Assim como Aila é seu ponto sensível, eu também tenho o meu.”

Clevius rangeu os dentes enquanto tentava enfiar a espada mais fundo, e Taely gritou de dor novamente.

― Clang!

Com grande esforço, o tailie defendeu a espada de Clevius e se reposicionou para o golpe final, atraindo toda a sua magia para seu corpo.

Mesmo que Clevius tivesse determinação, o tailie não estava disposto a recuar.

Rangendo os dentes, ele agarrou o cabo da espada com mais força.

“Grrr…”

E então, Clevius perdeu completamente a sanidade.

Atraído pelo sangue e pela lâmina, ele se tornou um demônio, decidido apenas a cortar tudo o que estivesse em sua frente até que suas forças diminuíssem.

Taely não entrou em pânico.

Se seu oponente fosse destemido, ele também seria. Não havia opção de fugir para proteger Aila desde o início.

Clevius, agora desprovido de razão, era imparável.

Ele se tornaria um monstro que continuaria atacando até que sua energia se esgotasse, cortando tudo como bem entendesse.

― Rugido!

Finalmente, o tailie pareceu se adaptar um pouco à velocidade inimaginável de Clevius.

Por um breve instante, a postura preparatória de Clevius ficou gravada diretamente na retina de Taely.

A direção e a força do ataque eram momentaneamente previsíveis.

No entanto, não se sabia se ele conseguiria contra-atacar. Houve apenas uma tentativa.

O fracasso significava morte.

A explosão mágica envolveu a área.

O cabelo de Taely, tingido de palidez, ficou ainda mais pálido. Suas pupilas vermelhas revelavam uma determinação inabalável.

Técnica do Santo da Espada.

Décadas de habilidades profundas e profundas, metade das quais ele nem sequer dominava.

Em meio à sensação de flutuar, semelhante a vagar pelas profundezas do oceano, um próximo estágio inalcançável cintilou diante dos olhos de Taely.

Na troca final entre os dois homens, estacando seus respectivos calcanhares de Aquiles.

Ninguém conseguia prever a trajetória ou a troca de lâminas num piscar de olhos.

Então chegou o momento em que Taely buscou a essência da Técnica do Santo da Espada.

― Rugido

A onda de choque causada pela colisão mágica e os cabelos alaranjados esvoaçantes preencheram a visão de Taely.

Alguém se interpôs entre Taely e Clevius. Foi um ato quase suicida.

"… O que?!"

Assustado, o seguidor apertou o antebraço e interrompeu o ataque.

Mas logo percebeu seu erro. Mesmo que parasse, Clevius, completamente enlouquecido, não o faria. Havia perdido toda a razão humana.

Antes de se preocupar com a garota que interveio, ele não tinha certeza nem de que sua própria vida seria afetada pelo ataque.

A resposta certa era continuar o ataque, independentemente do resultado. Mas, no último instante, ele hesitou. Não conseguiu se forçar a cortar a Elvira que se aproximava abruptamente.

A deusa dos duelos sempre favorece aqueles que não hesitam.

Finalmente, o tailie se preparou para o golpe de Clevius e fechou os olhos com força...

"Tosse!"

O som que se seguiu não foi de lâminas se chocando, mas de Clevius caindo no chão com um gemido.

― Barulho!

"… O que…?"

Abrindo lentamente os olhos, o seguidor viu... Elvira, abraçada ao peito de Clevius e deitada no chão de mármore com ele.

Coberta com o sangue de Clevius, ela sentou-se na cintura dele, agarrando firmemente a gola da camisa dele e prendendo-o no chão.

"Isso é…"

“Isso não é algo pelo qual vale a pena lutar e arriscar nossas vidas!”

Não fazia sentido que Clevius não conseguisse suportar o peso de Elvira sozinho.

Ainda mais porque ele estava frenético com a esgrima sangrenta.

Quando ele perdia a sanidade, ele cortava qualquer um, até mesmo seus próprios parentes, selvagem o suficiente para não se importar com quem estava na frente dele.

No entanto, Clevius surpreendentemente controlou sua espada, chocado com a intervenção de Elvira.

Deitado no chão, olhando para o céu, a luz da sanidade quase desapareceu dos olhos de Clevius.

Mas ele pareceu reconhecer o rosto que pairava sobre ele.

Elvira Anis.

Para Clevius, ela era uma mulher intrometida que sempre se intrometia de forma irritante.

Clevius conseguia facilmente suportar o peso da pequena Elvira.

Agora, ele poderia afastá-la, acabar com o incômodo e continuar lutando com Taely.

Mas Clevius, intoxicado com sangue, foi subjugado pelo peso de Elvira.

Com dificuldade para respirar, ele expeliu a magia do sangue, presa sob ela.

Elvira olhou para baixo. Seus cabelos alaranjados caíam em cascata sobre os ombros, roçando suavemente as pontas das bochechas de Clevius. O grampo que prendia cuidadosamente os cabelos rebeldes de Elvira agora não estava mais em lugar nenhum.

Mesmo sem nenhuma intenção de arrumar sua juba desgrenhada, ela olhou para Clevius com os dentes cerrados, seus olhos cheios de loucura enquanto ele olhava para ela.

"Vai, Taely."

“O que… você disse?”

"Vá para a guilda! Você não quer salvar a Aila?!"

Taely olhou para os dois, seu rosto era uma máscara de confusão.

Clevius estava agora completamente intoxicado de sangue. Deixado sozinho, o insensível Clevius poderia atacar e até mesmo golpear Elvira, o que não seria surpreendente em seu estado.

Mesmo assim, Elvira retrucou com Taely.

“Qual é a coisa mais importante para você agora?”

"Isso é…"

"Aila foi levada por Ed Rothtaylor. O resto é você quem decide."

Com essas palavras, Elvira, que havia agarrado firmemente o colarinho de Clevius, pressionou seu peito mais uma vez.

"Lidamos com a pilha de desculpas depois. Pode ir. Até passar direto está bom."

Dito isto... Elvira não olhou mais para Taely.

Taely, engolindo saliva seca, logo correu em direção ao prédio da guilda.

Não importa o que acontecesse, a pessoa mais importante para Taely era Aila.

*Sangrando muito.

Para Clevius, tal sangramento pode não ser um grande problema, mas para Elvira, era uma cena que a fazia franzir as sobrancelhas em desgosto.

Afinal, a arte da Espada Sangrenta é tal que não há meio-termo. Ela sabia muito bem que usar sangue como força era extremamente perigoso.

Quando Lucis causou o caos na propriedade de Ophelius, Elvira viu claramente a loucura de Clevius. Seu comportamento monstruoso, ávido por retalhar tudo o que via, instilou medo nos corações de muitos.

“Keugh… Kruk…”

O som do ar escapando de seus pulmões.

Torcendo o corpo grotescamente, Clevius olhou para Elvira.

Apesar disso, ele realmente não conseguia pensar em atacar Elvira?

O passado, no qual Clevius matou seu próprio irmão, pesava sobre ele como um peso de chumbo?

Elvira, já suja de sangue, não demonstrou nenhum sinal de preocupação enquanto tirava um frasco amarrado em sua cintura.

É um sedativo. No entanto, não se sabe se será eficaz contra a magia da Espada Sangrenta.

Ela tentou colocar a poção na boca de Clevius, mas ele, ofegando como um animal, não abriu a boca.

“Controle-se, seu idiota, Clevius!”

Ela tentou abrir a boca de Clevius, coberta de sangue marrom, mas sua mente enlouquecida não apagou sua hostilidade para com ela.

Então, Elvira engoliu a poção descoberta. É claro que ela não a engoliu completamente, mas a manteve na boca.

Sem hesitar um momento, ela pressionou os lábios nos de Clevius, preso embaixo dela.

“Ugh, ugh…!”

Enquanto ela montava na cintura de Clevius e seus lábios se encontravam, a poção derramou de seus lábios nos dele e, pouco a pouco, o corpo contorcido de Clevius começou a se acalmar.

Foi o efeito da poção ou o choque da situação atual?

O motivo não estava claro, mas, aos poucos, o poder demoníaco que envolvia Clevius começou a diminuir.

“Ufa…”

Depois de separar os lábios, Elvira apoiou-se nas mãos no chão de mármore e olhou para o rosto dele.

"Por que, por que você interfere...! Eu te disse para ficar fora disso...!"

Ela olhou para baixo, quase chorando, enquanto Clevius respirava mais calmamente.

O brilho vermelho em seus olhos desaparece, e os sentidos aguçados se acalmam lentamente.

“É meu direito dizer isso, seu bastardo…!”

No entanto, o raciocínio recuperado por Clevius o fez falar com os dentes cerrados…

"O quê, o quê?!"

“Você sempre me arrasta para lugares sem sentido, prega sermões estranhos, me reprime, sua intromissão desnecessária... você faz isso muito, seu bastardo...”

A reação da magia da Espada Sangrenta percorria o corpo de Clevius. Ele falou sem se importar com o sangramento contínuo.

"Por que, quando eu me intrometo só dessa vez, você me encara como se fosse me matar?!"

Elvira silenciou de repente. O mesmo aconteceu com sua respiração.

“Não interfira tanto.”

A irmã de Elvira, Diella, ecoou fracamente em sua mente enquanto ela levantava a bochecha.

“Você sempre age como se fosse o protagonista de tudo, certo?”

Elvira intrometida.

Esse apelido, que a acompanhava como um rótulo, pesava muito nos ombros de Elvira.

Ela decidiu impor seu estilo de vida, mas, na verdade, essa decisão não passava de um mecanismo de defesa para Elvira.

Isso porque chega um momento em que, se você negar a si mesmo, sentirá que não consegue continuar.

Talvez a decisão de sua irmã Diella de cortar laços com Elvira e deixar a família também tenha sido culpa dela.

Talvez ela devesse ter sido mais atenciosa com Diella. Esse pensamento sempre a fazia cerrar os dentes.

“Mas ainda assim, seu bastardo… Eu também não posso rejeitar… você é…”

Entretanto, as palavras seguintes de Clevius atingiram o coração de Elvira como uma flecha.

“É assim que você se expressa… Não posso fazer nada a respeito… você é uma verdadeira vadia… de verdade…”

“Clevius, você…”

"Você faz isso por mim. É por isso que... não posso dizer que odeio... você é uma vadia, de verdade!"

Enquanto Clevius pronunciava essas palavras enquanto rangia os dentes, Elvira quase parou de respirar.

Diella Anis.

A irmã mais velha de Elvira, atormentada por um complexo de inferioridade em relação a ela, vomitou abusos e fugiu de casa.

Elvira não odiava Diella de fato.

A presença de sua irmã, enquanto vivia como auxiliar da família Anis e estudava alquimia juntos, foi uma grande bênção na vida de Elvira.

Só que Elvira não sabia como expressar isso. Ela se arrependia dos comportamentos em que interferia, criticava e reclamava, esperando que a irmã se saísse melhor e fosse mais longe, porque sabia que ela conseguiria.

Não importava o quão forte ela tentasse parecer, ela era apenas uma intrometida.

Diella Anis não entendia Elvira nem conseguia ler o que havia por trás de suas expressões.

Ambos eram muito jovens, muito imaturos em suas formas de expressão, carentes de maturidade adulta para entender essa imaturidade.

Mas o homem patético diante dela agora... como se ele conhecesse a psique de Elvira o tempo todo...

Ele tolerou a intromissão e as travessuras de Elvira desde o começo.

“Então… faça isso com moderação… Elvira…”

Com essas palavras, Clevius começou a sangrar pelo canto da boca.

Elvira, sentada em cima da cintura dele, olhando para ele, mordeu o lábio inferior com força.

Ela se abaixou para abraçar a cabeça dele, espirrando por causa da sujeira ensanguentada.

“Você é um homem realmente estúpido, Clevius… seu… idiota…”

“…”

A lua noturna brilhava intensamente.

No pátio agora silencioso do lado de fora da guilda, apenas os dois permaneceram.

“Sim, eu também acho…”

Enfraquecido.

Elvira descansou a cabeça no próprio ombro, olhando para o céu noturno que se estendia além, enquanto Clevius concordava com seus pensamentos.

E assim, Elvira e Clevius permaneceram entrelaçados por um tempo.

*

“Simplesmente fuja.”

Essa foi a conclusão a que cheguei.

O ouro e os tesouros no cofre subterrâneo de Lortelle não são algo com que possamos lidar agora. Com tempo e tranquilidade suficientes, esse nível de adulteração pode ser resolvido rapidamente. Tudo o que precisamos fazer é mover essas riquezas para outro lugar.

No entanto, o plano de Durin não será tão negligente. Se ele armou a armadilha até aqui, o comboio imperial chegará em breve.

Foi assim que ele planejou, confiando você ao comboio imperial. A Princesa Pérsica de Frost o apoia por trás; o caso prosseguirá rapidamente.

“É por isso que você disse que a guilda cairia nas mãos de Durin quando o intervalo acabasse”, refleti.

A expressão de Lortelle endureceu.

"Mas o comboio imperial levará um bom tempo para chegar à Ilha Aiken. Você está dizendo que..."

"Não, o comboio provavelmente já está a caminho. Há uma grande chance de estarem misturados à escolta da Princesa Phoenia."

Com isso, a expressão de Lortelle ficou ainda mais dura.

Foi uma previsão plausível que se conectava exatamente ao motivo pelo qual havia sido profetizado que Lortelle cairia quando o feriado terminasse.

Quando as férias terminassem, a Princesa Phoenia também retornaria à academia, então o contingente de cavaleiros que se juntaram à sua escolta também chegaria.

Em outras palavras, a inevitabilidade da captura de Lortelle pelo comboio imperial se alinhará com a conclusão das férias escolares.

Ele construiu todo o esquema pensando naquele momento.

"Não há nada a ganhar confrontando o comboio imperial agora. Enquanto eu convenço a Princesa Phoenia, você precisará continuar correndo para evitar ser capturado."

"É fácil. A Ilha Aiken é vasta."

Mas uma busca completa tornará difícil se esconder. Como a Princesa Phoenia não confia em você... ela não obstruirá particularmente a busca do comboio. Com a academia também se voltando contra você, dificilmente terá alguém para se esconder e te ajudar.

“Durante esse tempo, você vai persuadir a Princesa Phoenia?”

"Sim. Não vou trair você, então não se preocupe."

Levei Lortelle pelo braço e me virei para retornar ao acampamento.

O ar único que permeia as matas noturnas provocava nossos pulmões.

Lortelle, agora imerso no mistério da noite, estava diferente de seu eu habitual.

Seu rosto de raposa, escondido entre as sombras da escuridão, revelava uma aura ainda mais enganosa.

Ele agarrou meu robe com força e, depois de olhar para mim, sorriu alegremente.

"Não se preocupe. Porque você é a minha pessoa."

Ele cantarolou e, na ponta dos pés, sussurrou em meu ouvido:

“Eu também sou sua pessoa.”

Aquela declaração aparentemente insignificante encheu Lortelle com uma peculiar sensação de felicidade enquanto ele invertia o capuz de seu manto casualmente.

"Vamos nos encontrar novamente depois que tudo estiver resolvido. Eu permanecerei como líder da guilda Elte. Por favor, fique como está também."

"Tudo bem."

Lortelle então desapareceu na escuridão da noite.

Fechei meus olhos.

Suprimindo silenciosamente a respiração na escuridão, absorvi a tensão que pairava no acampamento.

A carruagem da Princesa Phoenia atravessou a Grande Ponte de Mekses.

Cortando o ar noturno, a carruagem que transportava a Princesa Phoenia e Lucy Mayrill entrou na Ilha Aiken.

E Taely, que havia batido na entrada da guilda, subiu correndo as escadas para o segundo andar.

A história avança assim.

Quando o mestre espadachim Taely chegou ao segundo andar do prédio da guilda,

Zix Elfellan, sozinho no corredor cheio de todos os tipos de armas, sentou-se silenciosamente no ar que antecede o amanhecer.

Ele levantou a cabeça lentamente.

Taely nem se deu ao trabalho de duvidar dos próprios olhos.

Diante dele estava Zix Elfellan, o próprio guardião da pradaria do norte.



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